Lisboa foi testemunha este 7 de Abril da terceira edição do evento de networking para empresas de transporte da Península Ibérica, com uma afluência de 200 profissionais do setor.
Portugal Transport Networking, que se converteu num encontro obrigatório para o transporte português e espanhol, congregou 84 das melhores empresas de ambos os países, colocando à disposição dos participantes um espaço onde criar e estreitar vínculos comerciais com o objetivo de encontrar novos colaboradores e oportunidades de negócio.
Hélder Barbosa (TransNautica Global Logistics) dava-nos os motivos pelos quais compareceram ao encontro:
“Viemos porque estamos a começar a trabalhar com a linha de frio e interessava-nos conhecer transportadores espanhóis especialistas em transporte frigorífico para conseguir retornos para Portugal. Num setor como este é importante conhecer as pessoas cara a cara, é muito diferente quando falamos por telefone.”
A jornada permitiu aos inscritos conhecer um número elevado de potenciais colaboradores nas duas rondas de speed networking levadas a cabo, que colocavam em contato empresas com necessidades complementárias sentadas frente a frente.
Como novidade nesta edição, lançou-se o espaço Cargo Area, seguindo o modelo de WConnecta – o evento homólogo a nível europeu -, onde se se mantiveram encontros privados entre empresas ofertantes de cargas e transportadores interessados em colaborar com elas.
Nas palavras de Josep María Sallés, Gerente da Fundação e cara visível da organização “Satisfaz que depois de tanto tempo os clientes apreciem este tipo de iniciativas. É um dia no qual entendes que empresas que teoricamente são tua concorrência podem ser grandes colaboradores. O setor do transporte não tem dúvidas quando vai a um evento assim: Como podemos colaborar? Se faço uma coisa sozinho será pequena, se a faço com mais empresas será muito maior”.
Portugal Transport Networking contou, além disso, com a presença das três principais associaçoes de transporte portuguesas: ANTRAM, APAT e ANTP, as quais vêm o evento como uma oportunidade para desenvolver uma nova visão do transporte, uma mudança no modo de trabalhar para os seus associados.
Márcio Lopes, presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas, afirmava rotundamente que deveria haver mais eventos como este: “na mina opinião são muito bons porque permitem que exista mais intimidade entre colaboradores. As relações que se estabelecem com pessoas que não conheces são distintas a quando tens a oportunidade de conhecê-la em pessoa. As relações são mais humanas. Portugal Transport Networking deveria fazer-se várias vezes ao ano.
Por sua parte, a Presidente executiva de APAT, Joana Nunes, valorizava como muito positivo o evento para empresas que querem dinamizar os seus serviços e diversificar a oferta: “Depois de anos de dificuldades económicas pelas quais passou o setor, as colaborações têm que trabalhar-se. Tudo o que ajude a isso parece-nos muito positivo, como o Portugal Transport Networking, onde as relações pessoais são cruciais”.