Após um início do ano a verificar uma curva de recuperação da atividade, tivemos um mês de junho que registou números recordes, conforme refletido no último relatório de ofertas de cargas da Wtransnet, a bolsa de cargas líder na Península Ibérica. Desta forma, durante o primeiro semestre de 2021, a atividade de transporte rodoviário de mercadorias registou um crescimento extraordinário com um aumento de 50% nas ofertas de cargas, com valores que nos colocam até acima de 2019
Neste sentido, se nos focarmos nas ofertas de cargas e de veículos publicadas na plataforma, encontramos seis meses em que se registaram mais de cinco milhões de ofertas, uma barreira que não foi superada no último ano pré-pandemia. Isto significa uma média de 40 000 ofertas por dia, que em junho dispara até às 43 000 por dia, permitindo fechar só neste mês com quase um milhão de ofertas diárias.
Os transportes nacionais e internacionais disparam com o dobro de cargas em comparação a 2020
Se nos focarmos apenas nas ofertas de cargas com origem e/ou destino na Península Ibérica, o crescimento verificado durante o primeiro semestre do ano também tem poucos precedentes: registou-se um crescimento de 50%, ultrapassando também, neste caso, os números de 2019.
Entre janeiro e junho de 2021, nos mercados espanhol e português verificaram-se aproximadamente três milhões de ofertas de cargas, aumentando em um milhão, ou seja, um aumento de 50%, em comparação com o ano anterior. Um aumento palpável em todas as rotas: exportação (+46%), importação (+51%) e transporte nacional (+51%).
O transporte com a França está em altas
Para além dos dados formidáveis do mercado interno, onde alcançámos praticamente os 1,5 milhões de ofertas de cargas, vale a pena destacar o crescimento verificado nas rotas com origem ou destino em França, o nosso principal mercado. As ofertas de cargas de exportação para o país gaulês registaram um crescimento de 60%, enquanto as de importação registaram igualmente um crescimento notável, com mais 37% de atividade.
Estas percentagens são semelhantes às registadas noutros países, como Itália, Alemanha e Países Baixos, exceto o Reino Unido, que registou valores mais baixos, tanto na importação como na exportação, e cuja explicação mais provável seja o «Brexit» e o respetivo impacto no transporte rodoviário internacional de mercadorias.
Em qualquer caso, a curva ascendente das ofertas de cargas está em alta velocidade e estamos a dirigir-nos para uma campanha de verão em que as perspetivas são muito otimistas.
Consulte o relatório completo aqui.